A Embaixada da Eslováquia juntamente com as Embaixadas da Hungria, da República Tcheca, da Eslovênia, do Chipre, de Malta e da Polônia realizaram na última semana um café com a imprensa para marcar os vinte anos de adesão destes países ao Bloco da União Europeia. No encontro os Embaixadores destacaram a importância da entrada dos seus países no bloco europeu e como isso impactou positivamente cada nação.
A Eslováquia, a Eslovênia, a Estônia, o Chipre, a Hungria, a Letônia, a Lituânia, Malta, a República Tcheca e a Polônia tornaram-se membros oficiais da União Europeia em 1 de maio de 2004.
Segundo o Embaixador de Malta, Sr. John Aquilina, a decisão do país de se juntar à União Europeia (UE) não foi fácil, haviam muitas dúvidas quanto a adesão ao bloco econômico. Entretanto, com o passar dos anos tornou-se evidente que os benefícios se tornaram maiores que os desafios. Nas palavras de John Aquilina, não há mais dúvidas sobre a adesão ao bloco europeu. Atualmente o país preside a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e é membro do Conselho de Segurança da ONU. Como membro da UE, Malta está consciente de suas responsabilidades europeias nas nações onde tem representação física, como é o caso do Brasil, onde há dois anos se tornou a 24ª nação da UE a estabelecer uma embaixada local.
Por sua posição estratégica localizada no Mar Mediterrâneo, na encruzilhada de várias culturas - da Europa, do norte da África e do Oriente Médio - Malta sempre enxergou além de suas fronteiras, destaca o Embaixador maltês.
Para a Embaixadora eslovena, Sra. Mateja Kracun, a entrada da Eslovênia ao bloco europeu estava clara desde o primeiro dia de independência do país em 1991. Desde sua adesão, a Eslovênia reforçou a atividade econômica e prosperou mais do que duplicando o seu PIB (Produto Interno Bruto) per capita - de cerca de 13 200 euros em 2003 para 27 000 euros em 2022. Como membro da UE, o país faz parte de uma comunidade de 27 membros que estão estreitamente interligados econômica, social e politicamente e, como tal, estabeleceu e mantém os mais elevados padrões mundiais de proteção ambiental, de qualidade alimentar e de produtos.
Com a adesão da Hungria à UE, principalmente após o conflito na Ucrânia, a Europa Central também se tornou geopoliticamente mais importante dentro da União Europeia. Para o Embaixador húngaro, Sr. Miklós Tamás Halmai, os novos Estados-Membros, incluindo a Hungria, tornaram-se atores econômicos essenciais na UE, pois essa é a região de desenvolvimento mais dinâmica da economia da União Europeia.
A Hungria assume a Presidência do Conselho da União Europeia no segundo semestre de 2024 e alguns dos possíveis tópicos da presidência serão a melhoria da competitividade da UE; abordagem dos desafios demográficos; alargamento; fortalecimento da política de defesa em nível de UE; definição do futuro da política de coesão e adoção do orçamento da UE para 2025.
Representando a Polônia, o III Secretário para Assuntos Políticos e Econômicos da Embaixada da Polônia, Przemyslaw Krzemien, comentou que a decisão de adesão à UE foi tomada por um referendo, no qual 77,5% votaram a favor da integração. Nos últimos 20 anos, o país tem sido um dos líderes no crescimento econômico em toda União Europeia, com um aumento de 100% no PIB durante esse período. As principais vantagens da adesão segundo os poloneses, são: fronteiras abertas, fundos para modernização do país, segurança e oportunidade de estudar no exterior.
O ano de 2024 representa um marco importante para a República Tcheca, segundo o Chefe de Missão Adjunto da Embaixada, Pavel Sara, é o aniversário dos 20 anos de adesão à UE, mas também o 25° aniversário da adesão à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). "A adesão ao bloco europeu em 2004 representou um enorme desafio e oportunidade; o desafio de fazer parte de um importante projeto europeu e a oportunidade de finalmente concluir o processo de transição democrática", informou Pavel.
Por sua vez, a Embaixadora da Eslováquia, Sra. Katarína Tomková, destacou que com a adesão ao Bloco, o mercado único da UE contribuiu para aumentar a qualidade de vida dos cidadãos eslovacos, o PIB do país aumentou em mais de 15%. Entretanto, os fundos da UE não são apenas aportes financeiros. "Os fundos da UE não são apenas ajuda financeira, apoiam a criação e implementação de boas políticas públicas para o desenvolvimento dos países, aumentando a qualidade de vida", comentou Katarína Tomková.
Com a adesão à UE, os eslovacos podem viajar para 184 países no mundo e seu passaporte é considerado o nono mais forte do mundo. Com a livre circulação os eslovacos podem estudar e trabalhar em qualquer país da União Europeia nas mesmas condições que os residentes. Mais de 40 mil estudantes universitários eslovacos já se beneficiaram do programa ERASMUS (programa da UE de apoio à educação, à formação, à juventude e ao desporto na Europa).
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